Nascida em 5 de julho de 1924, na cidade de Santo Amaro da Purificação, no estado da Bahia, Maria Angélica, é a décima primeira dos doze filhos do casal José Leite e Anísia Galrão Leite.
Mariá, como era carinhosamente chamada, mudou-se para Aracaju, junto com sua família, no ano de 1930, e, assim, começou sua história com a cidade que a abraçou. Iniciou o curso primário no Colégio do Salvador, criado por sua irmã Zilda, em uma sala da residência da família, localizada na rua São Cristóvão.
Com a ampliação do número de alunos e a implantação do regime de internato, Zilda passou a contar com o apoio de suas irmãs Bernadete, que ainda concluía seus estudos, e Nadir que já trabalhava como professora no Ginásio Jackson Figueiredo.
Antes mesmo de concluir seus estudos na Escola Normal Rui Barbosa que, à época, a mais alta aspiração das jovens, que já saíam encaminhadas em suas carreiras de professora, Mariá assumiu aos dezoito anos, com sua irmã Bernadete, a direção do Colégio do Salvador, que em 1942, já contava com mais de uma centena de matriculas e passou a ocupar, um prédio na travessa José de Faro.
Em 1951, Mariá casou-se com seu companheiro de toda vida, Antônio Marcolino de Almeida e, com ele, teve cinco filhos: Marco Antônio, Marco Eugênio, Maria Bernadete, Marco Augusto e Anísia Maria.
Dedicou-se ao Colégio do Salvador ao lado de sua irmã Bernadete, contribuindo para o crescimento da instituição, que, em 1959, abriu turmas mistas do curso ginasial e a partir de 1976, passou a oferecer o segundo grau.
Exemplo de mãe, mulher e mestra, tinha como princípios na condução do seu Colégio a religiosidade, disciplina e a Língua Portuguesa, sua grande paixão. Estampou o compromisso do seu trabalho nas paredes do Colégio: “Aqui estudam hoje os grandes homens e mulheres do amanhã”. Avó e bisavó, deu sua contribuição ao Colégio do Salvador até seus últimos dias.
Em 6 de maio de 2019, encerrou sua contribuição à Educação, aos noventa e qutro anos de idade, vitimada por uma pneumonia.